Dados do Trabalho
Título
Relato de caso: Choque Hemorrágico em paciente com Sepse por aborto infectado
Descrição do caso
Relato de caso que ilustra um cenário de aborto infectado que evoluiu com SEPSE, sendo a disfunção orgânica avaliada diariamente por meio do escore SOFA (Sequential Organ Failure Assessment), conjuntamente ao quadro de choque hemorrágico grau IV. Mulher, 41 anos, G3C1A1, internada em hospital universitário com quadro de secreção vaginal escura e fétida, acompanhada de hipotensão. Solicitado exames laboratoriais, feito diagnóstico de Sepse, com escore inicial de SOFA = 4. Encaminhada ao centro-cirúrgico, onde apresentou sangramento vaginal significativo por acretismo placentário, realizado histerectomia total e anexectomia. Foi submetida a reposição volêmica substancial, ventilação mecânica e administração de drogas vasoativas, que se manteve durante o pós operatório (PO) em ambiente de Terapia Intensiva. Evoluiu condicionalmente estável, com SOFA = 8 no PO imediato. Foi iniciada terapia antimicrobiana tríplice. Nas primeiras 72 horas de PO, paciente apresentou uma melhora considerável, com resolução progressiva das disfunções orgânicas, redução da sedação e extubação no 4º dia, mantendo-se orientada, lúcida e estável, com exames laboratoriais tendendo à normalização e escore SOFA = 4. Nesse ponto, paciente estava apta para ser transferida à enfermaria de Ginecologia e Obstetrícia (GO). Obteve alta hospitalar no 7º dia de PO. Sabe-se, assim, que disfunções orgânicas iniciais em um quadro de Sepse podem piorar após eventos agudos como uma hemorragia, com agravamento do quadro e piora do prognóstico. Neste caso, o diagnóstico de Sepse antes da cirurgia foi fundamental para guiar as intervenções e correções de um evento agudo grave de hemorragia.
Área
Sepse
Autores
Paulo Hernandes Nabarro, Eduardo Nanni Calvo, Sanderland José Tavares Gurgel, José Guilherme Pinhatti Carrasco, Carol Esli Seixas Silva, Isadora Garcia Bocchi , Yasmin Morais Zanin , Igor Lucas Forastieri Farias Farias