Dados do Trabalho

Título

Uso de Cardioversor-Desfibrilador Implantável (CDI) em Paciente com Insuficiência Cardíaca Grave em Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

Descrição do caso

A Morte Súbita Cardíaca é a principal causa de mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) e ocorre a uma taxa seis a nove vezes maior da que é observada na população em geral (Braunwald). Considerando particularidades de cada quadro, os dispositivos de monitoramento e manutenção do ritmo cardíaco podem ser implantados de acordo com o perfil patológico de cada paciente. Relatamos o caso de paciente feminina, 64 anos, portadora insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida de etiologia não isquêmica, admitida ao pronto socorro por dispnéia aos pequenos esforços, evoluindo com parada cardiorrespiratória em fibrilação ventricular, para a qual foram realizadas manobras de reanimação e desfibrilação elétrica, com retorno espontâneo da circulação após três ciclos de esforços. Em UTI, manteve-se em bradicardia sinusal intercalada por episódios de bloqueio atrioventricular total, com implante de marcapasso provisório para manutenção de ritmo. No decorrer da avaliação seriada de eletrocardiogramas foi evidenciado ritmo irregular, extrassístoles ventriculares e alargamento de complexo QRS. Devido ao histórico de morte súbita abortada. Com base na Diretriz Brasileira de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis, concluiu-se que a paciente possuía critérios para implante de CDI. Por motivos de indisponibilidade do material necessário, a paciente segue em internação por tempo indefinido, até a aquisição do aparelho e sua implantação. A Partir deste relato, concluímos que os dispositivos implantáveis podem ser decisivos no manejo de pacientes com IC e apresentar extrema utilidade na reversão de episódios de descompensação, promover intervenção precoce, com melhores desfechos e maior sobrevida do paciente.