Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DO BALANÇO HÍDRICO CUMULATIVO E RISCO DE MORTALIDADE NOS PACIENTES INTERNADOS NA UTI DE UM HOSPITAL DO SUL DE SANTA CATARINA

Objetivo

Analisar a associação entre o balanço hídrico cumulativo nas primeiras 72 horas de internação na UTI e sua associação com mortalidade em um hospital do sul do Brasil

Métodos

Coorte retrospectiva. Foram aleatorizados pacientes maiores de 18 anos que permaneceram mais que 72h na UTI no ano de 2022 em uma UTI do sul do Brasil.

Resultados

Foram avaliados 386 pacientes com mediana (p25-p75) de idade de 65,0 (55,0-72,3) anos e prevalência do sexo masculino (62,2%). O diagnóstico de internação mais comum foram as doenças do aparelho circulatório (48,7%), onde 59,6% eram pacientes clínicos, 54,4% necessitaram de ventilação mecânica (VM), 46,6% evoluíram para insuficiência renal (IR) aguda e 6% possuíam IR crônica. A mediana (p25-p75) do APACHE II e SOFA na admissão foi 15 (9-23) e 4 (2-7), respectivamente. A mediana (p25-p75) do balanço hídrico (BH) nas 72h foi 214 (-470-1071) ml. O óbito ocorreu em 41,5% dos casos. O modelo multivariado para o óbito demonstrou uma área da curva ROC (IC 95%) de 0,839 (0,799-0,880) com p<0,001, onde as variáveis incluídas demonstraram OR (IC 95%) de 2,825 (1,639-4,869) para os pacientes com idade ≥ 60 anos, 2,692 (1,603 - 4,521) para os casos clínicos, 9,995 (5,801-17,222) para os pacientes com necessidade de VM e 1,488 (1,202-1,842) para o BH (litros) nas 72h.

Conclusão

A inclusão de indicadores prognósticos em UTI que utilizem o BH como preditor de mortalidade podem auxiliar na classificação de risco destes pacientes.

Área

Índices Prognósticos

Autores

Mayra Latini Vieira , Kelser Souza kock