Dados do Trabalho


Título

Gravidade dos pacientes na injúria renal aguda precoce e tardia do pós-operatório de revascularização do miocárdio

Objetivo

Avaliar a gravidade de pacientes em revascularização (RM) com circulação extracorpórea (CEC) com injúria renal aguda (IRA) precoce e tardia.

Métodos

Estudo prospectivo, observacional desenvolvido na UTI de um hospital de ensino da região centro-oeste. Foi utilizado questionário estruturado para caracterização demográfica, clínica, cirúrgica e laboratorial. A creatinina basal foi a menor creatinina dos 365 dias anteriores à internação. IRA foi definida conforme critérios KDIGO e a gravidade pelo SAPS. IRA precoce ≤48 horas e IRA tardia > 48 horas da cirurgia. Realizamos análise descritiva e inferencial, valor-p significativo foi ≤0,05.

Resultados

Dos 36 pacientes em pós-operatório, predominou o sexo masculino (83,3%), de idade mediana avançada (64 anos). A IRA acometeu 36,1%, sendo majoritariamente do tipo precoce (27,8%) e a tardia acometeu 8,3% dos pacientes. Ainda que o tempo de internação mediano na UTI tenha sido de 5 dias, a noradrenalina foi necessária em 61,1% e a ventilação mecânica em 43,9% dos pacientes. O lactato mediano também se mostrou elevado (26,5 mg/dL) e se correlacionou com IRA (p=0,008), refletindo a gravidade pelo SAPS mediano maior do que 50. O tempo de ventilação e lactado elevado fizeram diferença para ocorrência da IRA de maior gravidade (KDIGO 2 e 3 ), p=0,02 e p=0,007. O óbito acometeu 36,7% dos pacientes com IRA.

Conclusão

A gravidade dos pacientes em pós-operatório de RM com CEC foi caracterizada por diferentes fatores modificáveis e não modificáveis. Aproximadamente 7 em cada 20 pacientes desenvolveram IRA precoce e tardia e a mesma proporção evoluiu ao óbito em 10 dias de acompanhamento.

Área

Suporte Nutricional, Metabólico e Renal

Autores

Ruth Silva Rodrigues Vasconcelos, Alberto Augusto Martins Paiva, Wisble Pereira de Sousa, Tayse Tâmara da Paixão Duarte, Marcia Cristina da Silva Magro