Dados do Trabalho

Título

Uso da ventilação não invasiva como ferramenta de redução de complicações clínicas em pacientes com insuficiência respiratória aguda (IRPA) internados em unidades de emergência hospitalar.

Objetivo

Determinar a taxa de sucesso e de insucesso, intubação orotraqueal, tempo de internação e mortalidade com o uso da ventilação não invasiva (VNI) em pacientes com insuficiência respiratória aguda (IRPA).

Métodos

Estudo coorte, com 46 pacientes internados num hospital da fronteira oeste do RS. Foram incluídos na amostra pacientes com sinais clínicos de insuficiência respiratória aguda e que apresentaram critérios para aplicação da ventilação não invasiva. Os participantes foram avaliados e monitorados antes, durante e após a terapia e classificados em 2 grupos: respondedores e não respondedores.

Resultados

Nossa amostra foi composta por 46 pacientes, sendo 15 pacientes do sexo feminino e 31 do sexo masculino. Encontramos diferenças nas variáveis de frequência cardíaca (FC) final (p= 0,008*), pressão parcial de dióxido de carbono (PaCO2) arterial (p= 0,009*) e no índice de gravidade da doença APACHE II (p= 0,0001*). Encontramos maior proporção de tempo de ventilação não invasiva em pacientes do grupo insucesso quando comparado ao grupo sucesso (p=0,01), menor tempo de ventilação mecânica invasiva em pacientes internados no grupo sucesso quando comparado com o insucesso (p=0,03). Observamos uma correlação positiva entre o tempo de ventilação mecânica não invasiva (horas) e tempo de ventilação mecânica invasiva (horas) nos pacientes internados apenas no grupo insucesso (p=0,05), bem como maior proporção de mortalidade no grupo insucesso quando comparado com o grupo sucesso (p=0,008).

Conclusão

A utilização da ventilação não invasiva apresentou-se como uma técnica mais eficaz em pacientes respondedores à não respondedores. Adicionalmente, os pacientes respondedores apresentaram maior taxa de sobrevida do que os não respondedores.