Dados do Trabalho
Título
Sepse em Pacientes Adultos no Brasil: Análise Epidemiológica - 2017 a 2021
Objetivo
Descrever o perfil de internações e óbitos por septicemia no Brasil, na faixa etária de 50 a 59 anos, entre 2017 a 2021.
Métodos
Dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (2017 a 2021) e da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), considerando a idade (50 a 59 anos), sexo e região. Aplicou-se estatística descritiva (Microsoft Excel).
Resultados
Foram notificados 61.358 internações por septicemia e 26.979 óbitos. Observa-se um índice maior de internações e óbitos para o sexo masculino (56,8% e 57,4% respectivamente); e quanto ao número de internações e óbitos por região, a maior incidência concentra-se no Sudeste (53,6% e 56,9% respectivamente). Para a ANCP, o Brasil apresenta uma porcentagem substancial de óbitos (24% a 68%) por sepse grave, que poderiam ser adequadamente tratadas com os cuidados paliativos. A alta taxa de mortalidade atrelada a idade está relacionada a redução da imunidade adaptativa, que favorece o quadro séptico. A influência maior nos homens é atribuídas às elevadas respostas imunes e hormonais induzidas pela sepse. Na região Sudeste, há predominância devido à densa população urbana, acesso a serviços de saúde, notificações de doenças e falta de protocolos de sepse em hospitais, resultando em diagnósticos tardios.
Conclusão
Evidencia-se baixa disponibilidade de recursos nas UTIs, que elucida o diagnóstico tardio. Embora existam dados sobre diferenças entre gêneros, ainda faltam estudos que esclareçam a acentuação às respostas imunes e hormonais induzidas pela sepse no sexo masculino. Além disso, os cuidados paliativos corroboram na qualidade de vida dos pacientes em casos graves.
Área
Terminalidade, Humanização
Autores
Andressa Pinto Michael, Elisa Andrade de Faria, Gabriela Fantin, Daniela Maysa de Souza , Jéssica Raquel de Santana