Dados do Trabalho


Título

Implante percutâneo de valva aórtica (TAVI) em nonagenários: 13 anos depois, seguimento de curto e longo prazo.

Objetivo

Avaliar a mortalidade hospitalar e o seguimento pós alta hospitalar de pacientes na décima década de vida portadores de estenose aórtica sintomática (EAS) submetidos ao procedimento em um centro único no sul do Brasil.

Métodos

Estudo observacional unicêntrico com dados coletados de pacientes nonagenários submetidos ao procedimento de TAVI entre 2010-2023 por EAS. Os procedimentos foram realizados pela mesma equipe e os pacientes foram acompanhados por meio de visitas presenciais ou por telefone. A análise foi realizada com o Stata 17 Statistical Software.

Resultados

O total de 26 pacientes com mais de 90 anos foram avaliados. A média de idade foi 92,8 anos, sendo 57% mulheres. A faixa interquartil do SAPS3 foi 47. A mortalidade esperada, segundo SAPS3, foi 16%, e a mortalidade real 7,7% (TMP=0,48). Os pacientes permaneceram na UTI por 3,1 ± 4,6 dias após o procedimento, o tempo total de internação foi de 5,5 ± 4,4 dias. Dois pacientes faleceram durante a internação. Após a alta, o seguimento médio foi de 896 dias. Pacientes acompanhados por mais de 60 dias relataram melhora no índice KATZ (relato coletado com os próprios ou familiares) em algum momento. Dois pacientes morreram nos 60 dias após o procedimento.

Conclusão

A mortalidade durante a internação na UTI foi menor que a esperada. Os pacientes relataram melhora na qualidade de vida em algum momento após a alta hospitalar. Assim, TAVI possivelmente pode ser considerado segura e medida eficiente para melhora da qualidade de vida em pacientes nonagenários com EAS, deve ser considerado como terapia.

Área

Suporte Perioperatório, Transplante e Trauma

Autores

Fernando Graça Aranha, Caique Martins Pereira Ternes, Mariana Frassetto Velho, Luiz Eduardo Koenig São Thiago, Eduarda Venancio, Victor Gomes Martins, Magda Dall'Agnol, Jefferson Luiz Traebert