Dados do Trabalho

Título

QUALIDADE DE VIDA, SÍNDROME PÓS-COVID E MORTALIDADE DOS PACIENTES SOBREVIVENTES POR COVID-19 INTERNADOS EM ENFERMARIA VERSUS UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA APÓS 3, 6 E 12 MESES DE ALTA HOSPITALAR

Objetivo

Determinar as características clínicas e epidemiológica, qualidade de vida, a frequência da síndrome pós-covid (SPC)e mortalidade entre os pacientes, internados na enfermaria versus unidades de terapia intensiva (UTI), sobreviventes após 3, 6 e 12 meses após alta em um hospital de referência para diagnóstico e tratamento de casos COVID-19 na cidade de Recife, Pernambuco.

Métodos

Estudo de coorte prospectivo coletou dados por teleatendimento de sintomas e do questionário EQ-5D3L de pacientes sobreviventes aos 3, 6 e 12 meses após alta hospitalar e comparou entre setores de internamento hospitalar.

Resultados

Neste estudo, 755 pacientes foram incluídos, média de idade de 54.6 + 16.1 anos de idade, sendo 65% internados na UTI, 57.6% do sexo masculino e 54.4% tinham SPC. Houve uma tendência de redução na mortalidade ao longo do seguimento, embora sem diferença significante entre pacientes internados na enfermaria (2,6%) versus UTI (3,4%); p = 0.400). Houve aumento na frequência da SPC e ao final de 12 meses de acompanhamento, houve uma tendencia de piora da qualidade de vida em todos os domínios do questionário EQ-5D-3L e os domínios com maior comprometimento foram: ansiedade/depressão (39.9% na UTI versus 33.3% na enfermaria; p = ns), seguido por dor/desconforto (20.7% UTI versus 25.9% enfermaria; p = ns) e as atividades usuais (19.7% UTI versus 26.8% enfermaria; p = ns).

Conclusão

Pacientes sobreviventes de COVID-19 possuem elevado comprometimento na qualidade de vida, alta frequência de SPC e precisam ser avaliados para programa de reabilitação independentemente do setor de internamento hospitalar na fase aguda da doença.