Dados do Trabalho


Título

A Escala de Mobilidade na UTI como preditor de mortalidade hospitalar em pacientes críticos

Objetivo

Avaliar se a Escala de Mobilidade na UTI (IMS) é capaz de predizer mortalidade hospitalar após a alta da UTI.

Métodos

Estudo observacional e prospectivo que avaliou 784 pacientes críticos. Foram incluídos todos os pacientes com idade >18 anos e excluídos pacientes incapazes deambular independente antes da admissão e processo ativo de morte. O IMS é uma escala de 0 a 10 pontos e são categorizados em baixa (IMS=0 a 2), moderada (IMS=3 a 5) e alta mobilidade (IMS=6-10). A escala foi aplicada pelos fisioterapeutas da instituição e quantificada: 30 dias antes da admissão e alta da UTI. Foram avaliados diagnóstico de internação, SAPS3, SOFA nas primeiras 24 horas, comorbidades, exames laboratoriais, ventilação mecânica invasiva e não invasiva, entre outros.

Resultados

Pacientes com baixa a moderada mobilidade eram mais velhos, tinham valores de Saps3, Sofa e escore de comorbidades de Charson piores do que os pacientes com alta mobilidade (p<0,05). Aproximadamente, metade dos pacientes não recuperaram a mobilidade quando comparados com valores 30 dias antes da admissão. Baixa mobilidade teve associação com maior tempo de internação hospitalar quando comparado a alta mobilidade (15,0 ± 16,0 vs 7,3 ± 13,0 dias), respectivamente. Após a realização da análise multivariada SAPS3 e baixa mobilidade foram fatores associados com mortalidade após a alta da UTI. Os resultados mostraram um OR 4,95 (2,1-11,2, p=0,016) para baixa mobilidade e SAPS3 um OR 1,26 (0,4-3,9, p=0,038).

Conclusão

Baixos valores de mobilidade na escala IMS e o Saps3 conseguiram predizer mortalidade após a alta da UTI.

Área

Insuficiência Respiratória e Ventilação Mecânica

Autores

Rodrigo Cerqueira Borges, Andrey Wirgues Sousa, Cristiane Helena Papacidero, Maurício kenzo Tobara, Camila Botana Alves Ferreira, Vanessa Chaves Barreto Ferreira Lima, Samantha Longhi Simões Almeida