Dados do Trabalho


Título

Proteína-C reativa na hemorragia subaracnóidea: papel diagnóstico e prognóstico na sepse

Objetivo

O objetivo do estudo é avaliar o papel da PCR-t como biomarcador diagnóstico na sepse em pacientes com HSA, bem como seu papel como biomarcador prognóstico.

Métodos

Estudo prospectivo com pacientes adultos admitidos na UTI do Instituto Estadual do Cérebro - Rio de Janeiro com HSA entre 2016 e 2019. O principal desfecho foi o diagnóstico de sepse, segundo os critérios da Sepsis 3, e o desfecho secundário foi o resultado funcional, usando a escala mRs. Foi realizada uma análise multivariada mista para determinar a relação entre PCR, sepse e resultados funcionais.

Resultados

Com 146 pacientes incluídos, a incidência de sepse foi de 33% (48 pacientes), com 18 pacientes desenvolvendo choque séptico (12% de todos os pacientes, 38% dos pacientes sépticos). Houve uma diferença significativa nas concentrações de PCR entre os grupos não sépticos e sépticos em todos os períodos de tempo. Na análise multivariada, após ajuste para idade e WFNS, as concentrações de PCR nos dias 1-3 após a admissão estiveram associadas à sepse (OR 1,01 - IC 95% 1,00-1,02, p < 0,001). Quanto aos resultados funcionais, houve uma diferença significativa nas concentrações de PCR entre pacientes com desfecho favorável e desfavorável apenas nos dias 1-3 após a admissão, mas na análise multivariada, após ajuste para idade, WFNS, DCI e sepse, as concentrações de PCR não se associaram ao desfecho (OR 1,00 - IC 95% 1,00 - 1,01, p = 0,248).






Conclusão

A proteína C-reativa é útil desempenhando um papel prognóstico, mas também como um coadjuvante no diagnóstico de sepse.

Área

Neurointensivismo

Autores

Bruno Gonçalves, Ricardo Turon, Carla Rynkowski, Marco Riala, Thayana Santos, Fernando A Bozza, Pedro Kurtz, Cássia Righy