Dados do Trabalho
Título
Características de pacientes admitidos em hospital de transição após internação em unidade de terapia intensiva
Objetivo
Pacientes críticos podem sofrer déficits físicos, mentais, cognitivos e sociais. Hospitais de transição podem ser uma alternativa para manejo desse perfil de pacientes. O objetivo desse estudo é descrever os desfechos clínicos e funcionais de pacientes internados em hospital de transição de cuidados após alta de UTI.
Métodos
Coorte retrospectiva de pacientes admitidos em um hospital de transição de cuidados em Salvador/BA, provenientes de UTI, entre julho de 2017 e abril de 2023.
Resultados
O estudo foi composto por 847 indivíduos, predominantemente do sexo masculino (52%) e com média de idade de 71 anos. A maioria foi admitida no hospital de transição para reabilitação (81,7%) enquanto 18,3% para alinhamento de cuidados paliativos. Os diagnósticos mais frequentes de internação prévia incluíram COVID-19 (19,1%) e acidente vascular encefálico (18,2%). Chegaram ao hospital de transição, com gastrostomia (67%), traqueostomia (34%) e ventilação mecânica (4,1%). Os desfechos clínicos foram de 45,9% dos pacientes recebendo alta, 20,4% retornaram para UTI e 33,7% faleceram com abordagem de cuidados paliativos. 56% mostraram ganhos na funcionalidade na escala MIF após a internação, comparando-se com o momento da admissão, com duração média de 36,1 dias de internação.
Conclusão
Pacientes críticos encaminhados a hospital de transição tem alta complexidade de cuidados, com alta taxa de ganho de funcionalidade e de discussão de objetivos de cuidado.
Área
Terminalidade, Humanização
Autores
Flaviane Ribeiro, Milton Neto, Alef Santiago, Joao Ramos