Dados do Trabalho

Título

INFEÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA EM SAÚDE (IRAS): IMPORTÂNCIA PROGNÓSTICA

Objetivo

Verificar a incidência de infeções relacionadas a assistência em saúde em uma população de pacientes críticos, avaliar associações e correlações de variáveis demográficas e biomédicas com a presença de IRAS e comparar o prognóstico de pacientes acometidos ou não por estas.

Métodos

Estudo prospectivo, quantitativo, analítico, com pacientes internados no CTI do HUGG de março/2022 a junho/2023. Coletamos dados de importância clínica e a amostra foi separada em 2 grupos, de acordo com a presença (G.I) ou não de IRAS (G.II). Utilizou-se o Teste do Qui-quadrado de Pearson para comparar variáveis categóricas e o de Mann-Whitney para variáveis numéricas entre os grupos.

Resultados

Estudamos 380 pacientes, dos quais 25 apresentaram IRAS, sendo 9 casos de infeção de corrente sanguínea, 5 casos de infeção do trato urinário e 13 casos de pnaumonia associada a ventilação; 2 pacientes apresentaram mais de uma infeção relacionada a assistência em saúde durante a internação no CTI. A idade foi semelhante entre os grupos, mas no G.I tinham mais idosos que no G.II (84,0 x 61,4% p=0,03). O G.I mostrou maior frequência de sepse (20,0 x 7,3% p=0,043), choque (24,0 x 5,4% p=0,003), insuficiência renal aguda (44,0 x 5,1% p=0,0001), maior tempo de internação em CTI (6,0±7,5 x 35,7±38,4 dias p=0,001) e mortalidade (52,0 x 16,9% p=0,0001).

Conclusão

Nossos pacientes apresentaram incidência de IRAS compatível com estudos anteriores. Idosos estão sob maior risco de desenvolver IRAS e a presença destas relacionou-se a maior ocorrência de sepse, insuficiência renal aguda e choque, maior tempo de internação e maior mortalidade.