Dados do Trabalho
Título
Aplicabilidade do escore fisiológico agudo simplificado (SAPS 3) no Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um Hospital Universitário do Rio de Janeiro
Objetivo
Avaliar o SAPS 3 e verificar o poder discriminatório deste índice em nosso CTI.
Métodos
Estudo prospectivo, realizado com no CTI do HUGG de março/2022 a junho/2023. A habilidade preditiva do SAPS 3 em diferenciar sobreviventes e não sobreviventes foi verificada utilizando curva ROC e a calibração pelo teste Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit.
Resultados
Incluímos 380 pacientes. Intercorrências clinicas foram predominantes (n=189 , 49,7%) seguidas de pós-operatório imediato de cirurgia eletiva (n=134, 35,3%). O menor valor do índice SAPS 3 foi 34 e o maior 125, média de 60,2 ± 17. A mortalidade prevista e real foram de 36,2% e de 19,2%, respectivamente, razão de mortalidade padronizada (SMR) foi 0,53 (IC95% = 0,40-0,65). A calibração pelo método Hosmer e Lemeshow mostrou X² = 8,01 p = 0,432. Foi realizado uma analise de Curva ROC com objetivo de avaliar a sensibilidade e especificidade do SAPS3. Os resultados demonstraram uma curva estatisticamente significativa (AUC 0,846 EP=0,024 p<0,001 ,95% IC = 0,799 – 0,843). O ponto de corte que maximizou a sensibilidade e especificidade foi de 61 com sensibilidade de 0,781 e especificidade de 0,723. Dos pacientes com índice SAPS3 maior que 61, 40% não sobreviveram e 60% sobreviveram (OR = 9,3 IC95% 5,0 – 17,0 p<0,001).
Conclusão
O SAPS 3 é válido como escore de gravidade em nosso CTU para indicar aqueles pacientes mais propensos ao óbito e que demandam maiores cuidados. Em nosso estudo o SAPS3 superestimou a mortalidade.
Área
Índices Prognósticos
Autores
Aureo Carmo Filho, Alessandro Rocha Milan de Souza, Carlos Roberto Nogueira Moraes Cardoso, Rogério Gomes Fleury, João Pedro Costa Esteves Almuinha Salles, Manuella Dutra de Assis Santos, João Osorio de Moraes Géo de Siqueira, Iara Tiene de Lima Melo