Dados do Trabalho


Título

RELAÇÃO PLAQUETA-LEUCÓCITO COMO MARCADOR DE MORTALIDADE E SEPSE EM TERAPIA INTENSIVA

Objetivo

Verificar se a relação plaqueta-leucócitos (RPL), por ser um indicador hematológico recentemente identificado de inflamação, tem relação com os óbitos em nossa unidade.

Métodos

Estudo prospectivo, quantitativo, analítico, com pacientes consecutivamente internados no CTI do HUGG de março/2022 a junho/2023. Coletamos dados de plaquetas, leucócitos e RPL na internação do paciente no CTI e sua correlação com óbitos e sepse no período. Excluímos pacientes com leucócitos abaixo de 500. Utilizou-se o Teste do Qui-Quadrado de Fischer na comparação de variáveis categóricas e o Teste de Mann-Whitney na de variáveis numéricas entre os grupos.

Resultados

Estudamos 379 pacientes, sendo um excluído por ter 300 leucócitos. Destes 52,5% eram mulheres, com a ocorrência de 72 óbitos (19%). A frequência de sepse foi de 8,2%. O menor valor da RPL foi de 0,87 e o maior 104 com mediana de 21,5. Não houve diferença quando comparado sobreviventes e não sobreviventes em relação a média de leucócitos (12.689 x 14.438 p=210) e plaquetas (266.220 x 262.527 p=868). A RPL entre sobreviventes e não-sobreviventes foi de 26,1±15,9 x 21,7±15,7 (p=0,033) e entre os pacientes que desenvolveram ou não sepse foi de 19,1 ±13 x 25,8±16 p=0,024.

Conclusão

RPL mais baixa apresentou boa correlação com óbito e sepse, diferentemente dos valores isolados de leucócitos e plaquetas. Seu baixo custo e consequente ampla e fácil disponibilidade na prática clínica diária pode representar um bom parâmetro adicional na avaliação do paciente crítico.

Área

Índices Prognósticos

Autores

Aureo Carmo Filho, Alessandro Rocha Milan de Souza, Carlos Roberto Nogueira Moraes Cardoso, Rogério Gomes Fleury, Enrique Marques Romero Saavedra, Lívia Menezes Salla, Leandro Araujo Gomes Filho, Thifanny Teixeira Gonçalves de Azevedo