Dados do Trabalho


Título

Implantação da visita estendida numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do oeste de Santa Catarina

Descrição do caso

A visitação flexível é um modelo cada vez relacionado a melhores desfechos, demonstrando respeito e reconhecimento ao familiar e seu papel no projeto terapêutico do paciente. Este resumo relata a experiência de aplicação do modelo em questão numa UTI adulta mista de um hospital do Oeste de Santa Catarina. A visita estendida, como nomeamos, foi implantada em janeiro de 2023 e é destinada a pacientes em vigília ou em processo de despertar. Dura das 09h às 21h30min, com extensão para 24h em casos de terminalidade, Delirium, idade avançada, gestante, menor de idade e outras exceções. O visitante deve ser um familiar ou alguém com vínculo afetivo, incluindo cuidador, conforme disponibilidade da família, não sendo obrigatória sua permanência. Três vezes por semana, psicólogo e enfermeiro da unidade reúnem os novos visitantes para explicar o método, funcionamento e rotinas da unidade. Também há a visita restrita, destinada aos pacientes sedados, em RASS (Escala de Richmond de Agitação-Sedação) -5/-4, das 14 às 15h e das 21 às 21h30min, sendo que os pacientes com visita estendida estão inclusos nesta. Quase um ano após a implantação do novo modelo, notamos a diminuição da angústia dos familiares, que acompanham o desdobramento do projeto terapêutico em tempo real; os pacientes apresentam melhor desfecho do delirium e despertar mais tranquilo; e a equipe multidisciplinar cria laços que permitem o olhar cada vez mais personalizado ao paciente, além de comunicação mais assertiva e eficaz.

Área

Terminalidade, Humanização

Autores

Marina Suelen Trevisol Dariff, Jean Henrique Kluger, Natieli Klein, Laísa Bonzanini, Sílvia Maria Fachin