Dados do Trabalho


Título

TABAGISMO NO CTI IMPLICA EM MAIOR MORBI-MORTALIDADE?

Objetivo

Avaliar possíveis diferenças epidemiológicas e de morbi-mortalidade entre tabagistas e não-tabagistas internados no Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um hospital universitário federal no município do Rio de Janeiro.

Métodos

Estudo prospectivo, quantitativo, analítico, com pacientes consecutivamente internados em nosso CTI de março de 2022 a junho de 2023. Utilizou-se o Teste do Qui-quadrado de Pearson na comparação de variáveis categóricas e o Teste de Mann-Whitney para comparação de variáveis numéricas entre os grupos (G.I = não-tabagistas e G.II = tabagistas).

Resultados

Nossa amostra foi composta por 380 pacientes, sendo 60 tabagistas (15,8%). Houve distribuição semelhante nos grupos em relação ao sexo (mulheres = 45,9 x 53,3%). A idade foi significativamente maior no grupo de tabagistas (60,1±16,1 x 64,8±9,9 anos p=0,003). Em relação a comorbidades, observamos que doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) mostrava diferença significativa entre os grupos (2,2 x 11,7% p = 0,002), assim como hipertensão arterial sistêmica (HAS) (53,4 x 70,0% p=0,023) e obesidade (5,0 x 15,0% p=0,009). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos na ocorrência de sepse, insuficiência renal aguda, insuficiência respiratória aguda, pneumonia associada a ventilação mecânica, delirium, tempo de internação em CTI, saps3 (60,4±17,4 x 59,6±15,3) e mortalidade (19,7x 16,7%).

Conclusão

Observamos somente diferenças epidemiológicas em relação a frequência de DPOC, HAS e obesidade. Não houve diferença relacionada a morbi-mortalidade entre os grupos.

Área

Epidemiologia

Autores

Aureo Carmo Filho, Alessandro Rocha Milan de Souza, Carlos Roberto Nogueira Moraes Cardoso, Isadora Milagre Almeida, Rogério Gomes Fleury, João Victor Soutello Ferreira, Enrique Marques Romero Saavedra, Nicole Mansour Barroso