Dados do Trabalho

Título

Esclerodermia e doença pulmonar intersticial: relato de caso

Descrição do caso

A doença pulmonar intersticial é uma complicação da esclerose sistêmica, progressiva e de mau prognóstico. Sua apresentação é de maneira assintomática, mas quando surgem são fadiga, falta de ar e tosse seca. JOC,21 anos, feminino,diagnóstico prévio de esclerodermia, procurou atendimento ambulatorial por taquicardia e dispneia há 01 ano, com piora do quadro após COVID-19, há 14 dias, agosto/2022 .Apresenta exposição ocupacional em fábrica de tecido ,nega náuseas, vômitos ,queixas álgicas e outros sinais sistêmicos.Apresentava estertores bibasais, saturando 92% em ar ambiente e hemodinamicamente estável .Em 24/08/22 foi admitida para internação hospitalar em uso de cânula nasal 5 litros/minuto saturando 95% e taquicárdica com tomografia computadorizada de tórax evidenciando infecção viral e opacidade irregular em vidro fosco associada ao espessamento septal periférico bilateral .Prescrito pulsoterapia com metilprednisolona, evoluindo com alta hospitalar, sendo encaminhada ao reumatologista e pneumologista. Paciente readmitida em internamento hospitalar por mais três vezes por dispneia e pneumonia bacteriana , após pulso de ciclofosfamida , e na última, 03 meses após a primeira internação ,evoluiu com tosse, febre e cianose em extremidades. Admitida em UTI em 18/11, taquipneica , fazendo uso de ciclofosfamida, metilprednisolona e história pregressa de antibioticoterapia. A tomografia de tórax evidenciava pneumonite intersticial .Após melhora do quadro , devido aos cuidados intensivos, evoluiu com alta.Baseado na doença pregressa, o diagnóstico é favorável para doença pulmonar intersticial , por esclerose sistêmica , sendo a principal causa de óbito nos pacientes, onde é imprescindível a identificação da fase ativa para evitar a fibrose definitiva.