Dados do Trabalho
Título
Risco de Mortalidade Associado à Hiperglicemia de Estresse em Terapia Intensiva: Um Estudo de Caso-controle
Objetivo
Verificar o risco na hiperglicemia de estresse na mortalidade de adultos unidade de terapia intensiva.
Métodos
Estudo longitudinal, retrospectivo, do tipo caso-controle em pacientes em terapia intensiva. Coleta realizada durante dois anos com pacientes em unidade de terapia intensiva de um hospital escola do norte do Paraná nos anos de 2019 e 2021. Pacientes com idade acima de 18 anos foram categorizados em dois grupos: com ou sem hiperglicemia de estresse. O valor glicêmico de corte foi 140mg/dl dosado em sangue arterial no primeiro dia de internação na terapia intensiva. Os dados foram coletados de prontuário físico seguindo as normas éticas com número de CAAE: 56097722.8.0000.5231. Para análise foram aplicados teste de qui-quadrado, odds ratio e cálculo do risco de óbito por regressão de Poisson no software SPSS 20.0.
Resultados
Incluiu-se no estudo 858 pacientes, com idade média de 58,67 ± 18,32, mediana de internação de 23,93 dias com mínimo de 1 e máximo de 352 dias. A média de glicemia foi de 143,39 ± 83,83 mg/dl. A incidência de hiperglicemia de estresse foi de 39,2% sendo que destes 47,6% foram à óbito (p:0,001). Os não hiperglicêmicos de estresse apresentaram 1,3 vezes maiores chances de alta hospitalar (OR:1,328; IC:1,190 – 1,48). Houve 66% de risco de óbito no modelo regressão para o desfecho ajustado por hiperglicemia de estresse na internação em terapia intensiva (0,344; IC: 0,157 – 0,532).
Conclusão
A hiperglicemia de estresse aumenta consideravelmente o risco de óbito em adultos internados em terapia intensiva sendo a vigilância glicêmica cuidado essencial para sobrevida.
Área
Suporte Nutricional, Metabólico e Renal
Autores
Aline Franco da Rocha, Isabela Bossi Faleiros, Tharcis Rocha de Oliveira, Renata Ribeiro Perfeito, Faabiana Fernandes Gamba, Luana Grazielly Parra da Silva