Dados do Trabalho

Título

O uso do teste rápido por PCR Multiplex em doentes com pneumonia em UTI : epidemiologia e impacto na terapêutica

Objetivo

Demonstrar os agentes infecciosos mais comuns e o impacto do teste rápido por PCR Multiplex na mudança de antimicrobiano empírico

Métodos

Estudo observacional retrospectivo de pacientes adultos internados em Unidades de Terapia Intensiva de 2 Hospitais Privados. Foram incluídos todos os pacientes com diagnóstico clínico e radiológico de pneumonia e realização do teste rápido por PCR Multiplex para pneumonia no período de janeiro de 2022 a janeiro de 2023. Foram coletados dados do sistema EPIMED® e do prontuário médico

Resultados

No período estudado, 197 pacientes internados na UTI realizaram o teste rápido por PCR Multiplex. 111 (56%) comunitárias e 86(44%) hospitalares. 165 (84%) tiveram o teste positivo e 37 (19%) culturas convencionais positivas. Idade mediana foi de 77 anos(IQR 65-88), Charlson 2(IQR 1-4), SAPS3 56(IQR 49-68). 17(8,5%) eram imunossuprimidos e 63(32%) doenças pulmonares crônicas. Ventilação mecânica foi utilizada por 62 pacientes (32%). As bactérias mais comuns foram: P.aeruginosa (33 amostras), S.aureus (31 amostras), H.influenzae (29 amostras), K.pneumoniae (27 amostras). Os vírus mais comuns:, Rhinovírus/Enterovírus (10 amostras), Metapneumovírus (8 amostras) e Vírus Sincicial Respiratório (8 amostras). Os antimicrobianos mais utilizados foram Piperacilina+tazobactam (43 pacientes), Amoxacilina+clavulanato (33 pacientes) e Meropenem (31 pacientes). O antimicrobiano empírico foi alterado em 44 pacientes (22%) após resultado.

Conclusão

Na população estudada de pacientes idosos e pneumonia na UTI, o teste rápido por PCR Multiplex foi responsável pela mudança do esquema antimicrobiano empírico em 22% dos pacientes. O uso do teste rápido por PCR Multiplex tem potencial na segurança do tratamento antimicrobiano empírico para pneumonia de pacientes graves