Dados do Trabalho


Título

Associação entre hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e cardiopatia em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva por COVID-19

Objetivo

Estimar a associação entre óbito, por comorbidades e os biomarcadores cardíacos em pacientes internados em UTI por COVID-19.

Métodos

Estudo de coorte prospectiva. População composta por 312 pacientes adultos internados entre 1/04/2020 a 31/03/2021 em hospital privado de Florianópolis/SC. Coletados dados do primeiro e quinto dia de internação, seguindo-se até alta ou óbito. Foram incluídas informações sociodemográficas, comorbidades, biomarcadores e óbito. Os riscos relativos e respectivos intervalos de confiança de 95% foram estimados por meio da Regressão de Cox, para óbito por comorbidades.

Resultados

Do total de pacientes, 56,9% eram portadores de hipertensão arterial sistêmica, 34,0% de diabetes mellitus e 35,3% cardiopatas. Os achados revelaram maior risco de óbito em pacientes hipertensos com níveis de troponina maiores que 0,04 ng/mL do quinto dia com Risco Relativo (RR) = 1,94; p valor <0,001 e em pacientes cardiopatas com troponina aumentada no quinto dia com RR= 1,69; p valor 0,016 e BNP 1º dia > 70 pg/mL com RR= 1,61; p valor 0,034. Por outro lado, os resultados da presente pesquisa mostraram risco maior de óbito em pacientes não diabéticos quando níveis de BNP 1º dia estavam alterados > 70 pg/mL.

Conclusão

É possível inferir que existem associações estatisticamente significativas entre hipertensão arterial sistêmica e cardiopatia, com os biomarcadores, e a ocorrência de óbitos por COVID-19. Assim, estudar o dano miocárdico a partir de biomarcadores associado a comorbidades torna-se fundamental para se estabelecer parâmetros de gravidade.

Área

Infecção no paciente grave

Autores

Danie José Silva Filho, Roberta Juliane Tono Oliveira, Fernando Graça Aranha, Kamila Silva Peruzini, Gabrielle Cristina Raimundo, Eliane Silva Azevedo Traebert