Dados do Trabalho
Título
Avaliando mais de 400 pacientes submetidos a revascularização miocárdica à luz de escores prognósticos e a correlação entre estes
Objetivo
Correlacionar resultados de 7 anos de cirurgia cardíaca com dois escores pré-operatórios (Euroscore e Euroscore II) e um de admissão de UTI (SAPS3) com comparação das mortalidades esperada e real.
Correlacionar os mesmos escores entre eles.
Métodos
Coorte retrospectiva com dados de 7 anos de 421 pacientes coletados do sistema Tasy e Epimed.
Comparadas as mortalidades previstas nos três escores com a mortalidade real.
Testada também a correlação entre os três escores prognósticos (teste de correlação de Spearman).
Dados dos escores disponíveis em 421 pacientes do Euroscore, 176 do Euroscure II (E2) e 206 do SAPS 3 (os dois últimos com número menor pois Epimed iniciou uso no fim de 2019).
Resultados
Ocorreram 5 óbitos hospitalares dos 421 (1,2%). Euroscore: mediana 2,2% e média 3,13% de predição de mortalidade.
E2 com mediana de 1,02% e média de 1,22% de mortalidade predita. Dos com este escore medido, a mortalidade foi de 1,1%.
SAPS3: mediana 4% e média 7,06% de mortalidade predita. Dos com este escore medido, a mortalidade foi de 0,97%.
Observou-se correlação forte e positiva entre EuroScore e E2 [ρ = 0,70; IC95%: 0,61 – 0,77]. Entretanto, a correlação foi fraca entre EuroScore e SAPS3 [ρ = 0,32; IC95%: 0,17 – 0,45], assim como entre E2 e SAPS3 [ρ = 0,32; IC95%: 0,18 – 0,46].
Conclusão
O Euroscore II foi o escore que melhor se correlacionou com o resultado de nossa amostra tendo o SAPS3 superestimado o risco (apesar de calibrado para isso). Euroscore e Euroscore II alcançaram ótima correlação entre eles.
Área
Índices Prognósticos
Autores
Fernando Graça Aranha, Adriana Ferraz Martins, Sérgio Lima Almeida, Daniel José Silva Filho, Victor Gomes Martins, Olavo Esteves Farias, Matheus Nienkotter Tavares Kuhnen, Jefferson Luiz Traebert