Dados do Trabalho


Título

SEPSE NO CTI DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: COMPLICAÇÕES E MORTALIDADE

Objetivo

Analisar fatores demográficos e clínicos relacionados à sepse em pacientes críticos.

Métodos

Estudo prospectivo realizado no CTI do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle/RJ, com todos os pacientes consecutivamente internados no período de março/22 a junho/23. Dividimos a amostra em dois grupos de acordo com a presença (G.I) ou não de sepse (G.II) durante a internação. Utilizamos testes do Qui-quadrado para comparar variáveis categóricas e Man-Whitney para comparar variáveis numéricas entre grupos.

Resultados

Incluímos 380 pacientes, sendo que 31 (8,2%) apresentaram sepse durante a internação. Não houve diferença na distribuição do sexo (Mulheres = 51,6 x 46,7%) e idade (61,6±18,4 x 60,8±15,1anos) entre os grupos. Dentre as comorbidades, não houve diferença entre os grupos. O G.I apresentou maior frequência de necessidade de ventilação mecânica invasiva (VMI) (61,3 x 19,2% p<0,0001), infeções relacionadas a assistência em saúde (IRAS) (16,1 x 5,7% p=0,043), insuficiência renal aguda (IRA) (32,3 x 5,4% p<0,0001) e choque (51,6 x 2,6% p<0,0001). Não houve diferença significativa do tempo de internação entre os grupos, embora o G.I tenha apresentado maior tendência (12,7±13,6 x 7,5±14,0dias p=0,051). A mortalidade foi significativamente maior no G.I (61,3 x 15,5% p<0,0001), assim como valores no escore SAPS3 (75,1±20,0 x 58,9±16,2 p<0,0001).

Conclusão

Sepse relacionou-se a pior prognóstico em nosso CTI, mostrando maiores frequências de complicações como VMI, IRAS, IRA, choque, maiores valores no escore SAPS3 e maior mortalidade.

Área

Sepse

Autores

Aureo Carmo Filho, Alessandro Rocha Milan de Souza, Carlos Roberto Nogueira Moraes Cardoso, Rogério Gomes Fleury, Marina Andrade Matos, Daniella Silva de Souza, Ingrid Caroline Rosa Diogo, Luana Salles Costa Jorge