Dados do Trabalho


Título

Distribuição regional das internações para tratamento conservador de traumatismo cranioencefálico, no Brasil, nos últimos 5 anos.

Objetivo

Analisar a distribuição regional dos pacientes internados para tratamento de traumatismo cranioencefálico (TCE), no Brasil, nos últimos 5 anos.

Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. Como base de dados, utilizou-se o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com as seguintes variáveis epidemiológicas: tratamento conservador em graus leve, moderado e grave, avaliados em cada região brasileira, nos últimos 5 anos.

Resultados

A partir da análise dos dados no período descrito, nota-se uma maior prevalência de TCE de grau grave, com uma média de 80.631 casos, em comparação ao de grau leve e moderado, com 41.270 e 69.853 casos, respectivamente. Observou-se ainda, nas regiões Sudeste e Nordeste - as mais populosas do país - uma maior prevalência de casos de TCE, com médias de 40-45% e 20-25%, respectivamente, independente do grau de risco do TCE. Já o Centro-Oeste, registrou menos casos de TCE (entre 6,5 e 7,5%) no mesmo período analisado. Contudo, pode haver subnotificação imbricada, diante da referência desses casos para regiões com maior suporte tecnológico e pessoal especializado.

Conclusão

Foi evidenciada uma maior expressividade de casos de TCE nas regiões mais populosas do país. Visto que esse trauma é uma das causas mais frequentes de morbimortalidade em todo o mundo, com impacto importante na qualidade de vida, é imprescindível que sejam implantados serviços de saúde qualificados e resolutivos, objetivando a redução das complicações oriundas desses eventos, bem como dos impactos aos cofres públicos em médio e longo prazos.

Área

Epidemiologia

Autores

Gustavo Alves Cangussú, Rafael Almeida Nascimento, Leandra Bitencourt Silva, Luídi Neves Nascimento, Maria Luiza Araújo Menezes, Afonso Nunes Nascimento, Érica Otoni Pereira Miranda, Tamyres Araújo Andrade Donato