Dados do Trabalho


Título

Análise epidemiológica do perfil e da distribuição dos óbitos por septicemia no Brasil entre 2018 e 2023

Objetivo

Analisar o perfil e a distribuição epidemiológica dos óbitos por septicemia no país, nos últimos 5 anos.

Métodos

Trata-se de um estudo ecológico quantitativo-descritivo, com análise de dados sobre septicemia obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), utilizando as variáveis: “sexo”, “região”, “faixa etária 1” (menores de 1 ano a maiores de 80), “cor/raça” e “ano processamento” (2018 a 2023).

Resultados

No período, verificou-se que o ano de 2021 apresentou maior taxa de mortalidade (TM) por septicemia no Brasil (46,4/100 mil hab), tendo o Sudeste (49,0/100 mil hab.) o maior número e o Centro-Oeste, o menor (37,0/100 mil hab.). A mortalidade foi maior em mulheres quando comparado aos homens. Observou-se que a TM cresce progressivamente com a idade neste período. Ademais, a população negra foi a maior vítima das mortes por sepse nos últimos 5 anos (53,0/100 mil hab.), enquanto a indígena, a menor (29,1/100 mil hab.).

Conclusão

A TM por septicemia cresceu progressivamente com a idade, com índices maiores entre mulheres e negros; isso pode indicar a maior probabilidade de internação destes por infecção, pela vulnerabilidade social, enquanto a menor mortalidade em indígenas pode apontar a insuficiência no acesso ao serviço de saúde. Já a maior TM no Sudeste, deve ser analisada com cautela, pois, ao representar uma referência tecnológica em saúde, casos graves tendem a ser referenciados para esta região, enviesando os dados. Assim, urgem políticas públicas que atendam às populações mais vulneráveis.

Área

Epidemiologia

Autores

Hiago Oliveira Soares, Érica Otoni Pereira Miranda, Lukas Santos Freire, Thamiris Santos Correia, Émile de Carvalho Morais Fraga, Rodrigo Sousa Brandão, Tamyres Araújo Andrade Donato