Dados do Trabalho


Título

Gravidade do paciente crítico com injúria renal aguda em hemodiálise intermitente e estendida

Objetivo

Avaliar a gravidade do paciente com injúria renal aguda (IRA) em terapia renal substitutiva (TRS) venovenosa hospitalizado em unidade de terapia intensiva (UTI).

Métodos

Estudo observacional prospectivo e quantitativo desenvolvido em UTI de um hospital universitário da região centro-oeste. Foi utilizado questionário semi-estruturado para caracterização dos aspectos sociodemográficos, laboratoriais, clínicos e hemodialíticos. Considerou-se como creatinina basal a dosagem obtida nos últimos 365 dias ou o menor valor da primeira semana de internação na UTI. IRA foi classificada pelos critérios KDIGO. Valor-p <0,05 considerado significativo.

Resultados

Os 31 pacientes com idade mediana de 63 anos, IRA KDIGO 3, com alto risco de morte associado ao SAPS ≥ 50 (valor-p=0,02) realizaram quase na mesma frequência hemodiálise intermitente (HDI) e estendida (SLED), possuíam lactato mediano elevado, de 16 mmol/L e necessitaram de ventilação prolongada por até 15 dias. A instabilidade pressórica mostrou-se mais frequente no período intra-dialítico. A ultrafiltração efetiva foi ≤ 50% entre 50 a 90% dos pacientes. As intercorrências mais registradas foram hipoglicemia (25,7%) e hipotensão arterial (18,0%), somente 26,1% das sessões, transcorreram sem repercussões. A mortalidade acometeu 64,5% dos pacientes, mas ainda assim nos sobreviventes a taxa de filtração glomerular mostrou tendência a elevação no final do acompanhamento.

Conclusão

Pacientes com idade avançada com frequência necessitam de TRS venovenosa por evoluir com IRA de maior gravidade (KDIGO 3). A gravidade dos pacientes foi caracterizada por SAPS maior que 50 associada a maior mortalidade, lactato elevado, tempo de ventilação prolongado e instabilidade pressórica intradialítica.

Área

Suporte Nutricional, Metabólico e Renal

Autores

Ketley Paiva Cabral, Marcia Cristina da Silva Magro