Dados do Trabalho


Título

Fatores associados ao tempo de internamento na UTI

Objetivo

Avaliar a associação de características de admissão e evolução com o tempo de internamento na UTI.

Métodos

Coorte histórica que de inclusão consecutiva de >18 anos internamentos em UTIs de 8 hospitais de Curitiba/PR entre novembro/2022 e abril/2023. Avaliou-se a associação do tempo de UTI com idade, sexo, comorbidades, motivo e tipo de internamento, escores de gravidade, complicações e desfecho.

Resultados

A mediana de tempo de UTI dos 3606 incluídos foi de 3 dias com intervalo interquartílico de 2 a 5 e variando de 1 a 95, sendo significativamente maior entre pacientes com comorbidades, especificamente, diabetes, DPOC, insuficiência cardíaca, doença renal crônica, neurológicas, neoplásicas e/ou etilismo. O tempo de permanência foi significativamente diferente entre os grupos diagnósticos: maior em sepse, respiratório, hematológico e renal (mediana de 4 dias). Os cirúrgicos emergenciais tiveram maior tempo de internamento seguido de clínico e cirúrgico eletivo (p<0,001), bem como os admitidos em choque (mediana: 5 vs. 3). No entanto, o tempo de permanência teve fraca correlação com idade, APACHE II, Glasgow e SOFA de admissão e pior em três dias (rho de Spearman <0,5). A mediana de permanência foi significativamente maior entre os que necessitaram de ventilação mecânica (6 vs. 2), hemodiálise (10 vs. 3) e/ou traqueostomia (20 vs. 3). Assim como os com infecção por germe multirresistentes ou sensível, quando comparado aos sem infecção (11 vs. 5 vs. 2, respectivamente) e entre os óbitos (5 vs. 3).

Conclusão

O diagnóstico, a gravidade na admissão e as complicações estão relacionados ao tempo de permanência na UTI.

Área

Epidemiologia

Autores

Letícia Abreu Wiedmer Siqueira, Mariana Assuero Carneiro, Rafaella Stradiotto Bernardelli, Amanda Christina Kozesinski-Nakatani, Rafael Alexandre de Oliveira Deucher, Carolina Uliana Rossi, Mirella Cristine Oliveira, Álvaro Réa-Neto