Dados do Trabalho


Título

Avaliação do impacto da fragilidade no desfecho de pacientes críticos

Objetivo

Avaliar a presença de fragilidade como fator de risco para predição de desfechos desfavoráveis em terapia intensiva e sua relação com uso de recursos e faixa etária.

Métodos

Análise retrospectiva de pacientes admitidos e com desfecho em 2022 na UTI Geral de um hospital privado em São Paulo. A presença de fragilidade foi caracterizada pelo Índice de Fragilidade Modificado (MFI), com MFI points >=3. A significância estatística (p <0,05) para a associação foi avaliada pelo teste de Qui-quadrado (x²) e Odds Ratio(OR) para os riscos entre mortalidade e fragilidade.

Resultados

Foram considerados 2040 pacientes, sendo 186 frágeis (9,1%), mediana de idade 85 anos. A associação entre mortalidade e fragilidade teve significância estatística (p< 0,001), com risco de óbito (OR) maior em 3,27 vezes em relação ao grupo não frágil. Do grupo considerado frágil, 30 pacientes utilizaram ventilação mecânica (VM), 16 terapia de substituição renal (TSR) e 8 VM + TSR, destes, respectivamente, 20 (67%), 8 (50%) 6 (75%) foram a óbito. O grupo sem fragilidade é 91% (1856 pacientes) da amostra total, com mediana de idade de 72 (57-82) anos. Neste grupo, dos 276 pacientes que necessitaram de ventilação invasiva, 66 de terapia dialítica e 38 de VM + TSR, 85 (31%), 28 (42%) e 24 (63%) respectivamente, evoluíram a óbito hospitalar. A duração média da internação hospitalar foi 41,4% maior no grupo frágil.

Conclusão

A fragilidade está associada, nesta amostra, ao aumento da mortalidade para pacientes que utilizaram maior suporte e sugere que o idoso frágil sofre maior impacto.

Área

Índices Prognósticos

Autores

NAIARA LIMA MATOS, ELISA BORGES COLONNEZI, LAERTE PASTORE JUNIOR