Dados do Trabalho


Título

Meningite: aspectos epidemiológicos da região Sul do Brasil nos últimos cinco anos

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico dos casos de meningite na região Sul do Brasil nos últimos cinco anos.

Métodos

Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo. A análise engloba os casos de meningite notificados no Sul do país entre 2018 e 2022, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no DATASUS. As variáveis abrangem faixa etária, etiologia, sexo, sorogrupo, evolução, período, região e estado de notificação.

Resultados

Na região Sul, totalizaram 13695 notificações de infecção por meningite, com maior prevalência no sexo masculino (58,2%) em comparação ao feminino (41,8%). Ocorreram 1037 óbitos, com taxa de letalidade média de 7,5%. A etiologia viral foi predominante (43,9% dos casos; 2,1% de letalidade), enquanto a por hemófilos foi menos frequente (0,7% dos casos; 9,7% de letalidade). A etiologia bacteriana se mostrou mais fatal (26,4% dos óbitos; 10,3% de letalidade). Quanto à faixa etária, a mais atingida foi a de menores de um ano (2708 casos; 93 óbitos), e acima de 80 anos tiveram a letalidade mais alta (30,3%). O sorogrupo C foi o mais prevalente (1,5% dos casos; n=199). Notavelmente, 97,2% das notificações por sorogrupo (n=13316) foram ignoradas. O Paraná liderou as notificações na região, compreendendo 47,2% dos casos.

Conclusão

Os dados revelam uma ocorrência significativa de meningite por ser uma infecção evitável pela vacinação, com prevalência em lactentes e alta mortalidade da etiologia bacteriana. A alta letalidade e as subnotificações reforçam a importância de estratégias de prevenção e de vigilância epidemiológica para reduzir o impacto desta infecção.

Área

Epidemiologia

Autores

Thayane Moraes Lazaroni Dalpério, Lucas de Oliveira Barbosa, Djaine Haila Silva Rocha, João Pedro Rosa Barroncas, Júlia Duarte Diegues, Ana Clara Chabudt Lemos, Letícia de Melo Barreto, Amanda Pieniz Vieira