Dados do Trabalho


Título

Aspectos nutricionais dos candidatos a transplante cardíaco

Objetivo

Identificar aspectos nutricionais como fatores prognósticos de candidatos a transplante cardíaco.

Métodos

Estudo de coorte observacional retrospectivo, em Hospital público terciário, com 182 pacientes submetidos a transplante cardíaco em 10 anos (2009 – 2018).

Resultados

A média de idade foi 48,6 ± 6,4 anos. 43,2% eram do sexo feminino. Quarenta pacientes (24,7%) estavam em uso inotrópico prévio ao transplante cardíaco e 1 (0,6%) necessitou de ECMO. A principal indicação do transplante cardíaco foi insuficiência cardíaca por cardiomiopatia chagásica (66%) seguida da cardiomiopatia isquêmica (10,5%). A média da espera pelo transplante foi 76 (IIQ 18 – 169) dias. Os pesos foram avaliados no pré-operatório, alta hospitalar e 1 ano pós alta e calculado o IMC. O IMC médio pré-transplante foi 23,76 kg/m2 (15,8 a 38,3 kg/m2), sendo 7,7% desnutridos. ANOVA pareada comparou os IMC, tendo diferença significativa entre IMC pré e pós cirúrgico e 1ano pós transplante, porém sem diferença entre pós cirúrgico e 1ano após a cirurgia. (T1:T2 p=00000; T1:T3 p=00000; T2:T3 p=.3054). A taxa de mortalidade foi 35,16% e o tempo médio de sobrevida (do transplante até 30/06/2018) foi 1.204,3 ± 955,5 dias (IIQ 365 – 1794). Desnutrição no pré-operatório foi fator de risco independente para mortalidade em 180 dias (p-valor<0,0001). Somente 29% dos pacientes tinham registro de albumina pré-operatória, impossibilitando sua análise.

Conclusão

Desnutrição definida por IMC é fator de risco independente para mortalidade em 180 dias para transplante cardíaco. Há tendência de melhora do peso quando comparamos o período pré e pós- operatórios, que se sustenta 1 no pós-operatório.

Área

Suporte Nutricional, Metabólico e Renal

Autores

Rodrigo Santos Biondi, Ludmila Pinto Santiago de Mendonça, Juliana Tepedino Martins Alves