Dados do Trabalho

Título

Uso de antimicrobianos de forma empírica para tratamento de sepse em unidades intensivas de três hospitais públicos do Rio de Janeiro

Objetivo

Avaliar a utilização de antimicrobianos para tratamento de sepse em três hospitais públicos do Rio de Janeiro

Métodos

Foram analisados tratamentos empíricos para sepse realizados em unidades intensivas no período de outubro/2021-março/2022 de forma retrospectiva. A indicação terapêutica, dose e duração foram avaliados de acordo com os protocolos institucionais e/ou base de dados e exames laboratoriais. As ferramentas da estatística descritiva foram utilizadas

Resultados

Foram identificados 231 tratamentos associados a 72 pacientes. Os antimicrobianos mais prescritos foram Meropenem (27,7%), Vancomicina (19,1%), Amicacina (15,6%), Polimixina B (14,3%), Piperacilina+Tazobactam (9,1%) e Daptomicina (6,5%). A cultura microbiológica foi solicitada em 203 (87,9%) tratamentos, sendo que em 10,8% (22) foram coletadas após administração do antimicrobiano. Identificou-se resultado positivo em 72 (31,2%), negativo em 35 (15,2%) e sem resultado até conclusão em 96 (41,6%) dos casos. Os tratamentos associados a cultura negativa não foram suspensos em 26 (74,3%) dos casos, sendo que em quatro destes não foram identificadas alterações orgânicas/laboratoriais que justificassem a manutenção. Foi identificado resistência ao antimicrobiano prescrito/representante da classe em 13 tratamentos, sendo ajustado em três deles; em 17 não foi testado o antimicrobiano prescrito nem representante da classe e em 12 tratamentos não havia em laudo o resultado do teste de sensibilidade. A dose prescrita estava inadequada em 29,9% ao longo do tratamento. A duração realizada estava inadequada em 18 tratamentos

Conclusão

Os resultados encontrados reforçam a importância do gerenciamento do uso de antimicrobianos pela equipe multidisciplinar e pontos estratégicos para atuação visando o uso racional destes medicamentos nestas unidades