Dados do Trabalho
Título
Perfilando os potenciais doadores de órgãos em um hospital de referência no sul do Brasil
Objetivo
O transplante de órgãos no Brasil é regulamentado pelo Sistema Único de Saúde, sendo considerado o maior programa público de transplante do mundo, onde 87% das cirurgias são realizadas com recursos públicos. O objetivo deste estudo é traçar um perfil dos potenciais doadores de órgãos, bem como verificar as principais comorbidades destes pacientes.
Métodos
Estudo transversal retrospectivo com análise dos dados da CIHDOTT (Comissão intra hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplantes) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de 01/01/2022 a 31/07/2023.
Resultados
No ano de 2022 foram identificados 30 potenciais doadores, porém 10 não doaram por contraindicação médica (CIM), sendo quatro por diagnóstico de neoplasia. A população predominante foi de homens (53,3%) com idade média de 47,2 anos. A comorbidade mais prevalente foi a Hipertensão arterial sistêmica (HAS) com 46%, seguido do Diabetes Mellitus (DM) com 30%. Efetivamente seis foram doadores de órgãos e houveram 14 recusas familiares. Dados preliminares do ano de 2023 (janeiro a julho), foram identificados 26 potenciais doadores, 6 deles com CIM, sendo 3 por infecções sistêmicas. A maioria mulheres (57,7%) com idade média de 52,5 anos. HAS (50%) e DM (30,7%) foram as comorbidades mais prevalentes. Houve nove doadores de órgãos e sete recusas familiares.
Conclusão
Se comparamos o ano de 2022, com o período analisado de 2023, janeiro a julho, verificamos um crescimento no número de doadores, porém as comorbidades mais prevalentes não sofreram alterações significativas.
Área
Neurointensivismo
Autores
Fernanda Balestrin Pastro Harkovtzeff, Denise Espindola Castro, Cristina Pedrini Assunção, Karla Cusinato Hermann, Nádia Maria Fritzen, Anelise Oliveira Brun, Rani Simões Rasende, Paulo Roberto Antonaccio Carvalho