Dados do Trabalho


Título

Prescrição estruturada do protocolo de sepse em hospital privado de São Paulo: impacto na taxa de conformidade e farmacoeconomia

Objetivo

Analisar a influência de prescrições estruturadas, enquanto ferramentas que auxiliam na decisão médica no Tasy, em farmacoeconomia e conformidade de prescrição empírica de antimicrobianos.

Métodos

De janeiro/2023 a julho/2023 os antibióticos (ATBs) administrados nos pacientes diagnosticados com sepse/choque séptico no pronto atendimento de um hospital de médio porte foram analisados quanto à topografia/origem da infecção para determinar conformidade com o protocolo de antibioticoterapia empírica do hospital, o qual foi atualizado em outubro/2022. Também foi calculada a diferença no valor da terapia antibiótica indicada pelo protocolo e a escolhida pelo emergencista. Em agosto/2023, as prescrições estruturadas de sepse foram revisadas e modificadas no Tasy pela farmácia clínica para adequação ao protocolo. Ao final do primeiro mês pós intervenção a taxa de conformidade e farmacoeconomia foram analisadas.

Resultados

A taxa média de conformidade da antibioticoterapia empírica em pacientes sépticos de janeiro a julho foi de 51%. Dentro das prescrições não conformes, gastou-se em média o excedente de R$ 941,00. Notou-se predominância de terapias com maior espectro que as indicadas para o perfil microbiológico da instituição, como por exemplo, maior uso de carbapenêmicos. Após a intervenção atingiu-se 86% de conformidade e redução do gasto excedente em R$ 674,95 (72%).

Conclusão

A adequação do antibiótico empírico é uma meta de uso racional, considerando aumento da resistência microbiana versus escassez de opções terapêuticas. Possivelmente ferramentas eletrônicas tendem a otimizar o gerenciamento do uso de ATBs com maior adequação do esquema e menor gastos em saúde.

Área

Sepse

Autores

Karoline Mendonça, Júlia Nicasio dos Santos, Júlia Sarmento, Paulo Oliveira