Dados do Trabalho
Título
Mortalidade de pacientes com falência respiratória aguda por SARS-CoV submetidos a posição prona
Objetivo
Verificar os fatores relacionados a mortalidade hospitalar em pacientes com COVID-19 que necessitaram da posição PRONA para ajustes respiratórios.
Métodos
Estudo de coorte prospectivo, multicêntrico em pacientes com COVID-19 em suporte respiratório invasivo na UTI. Imediatamente antes da pronação e 1 hora após a posição prona, foram avaliados a gasometria arterial e dados da mecânica ventilatória. Todos os pacientes foram acompanhados até alta ou óbito hospitalar.
Resultados
Foram incluídos 263 indivíduos com idade de 58,2 ± 13,6 anos, 58,6% do sexo masculino e IMC de 29,2 ± 7,2 kg/m2. Ao comparar os índices SpO2/FiO2 e PaO2/FiO2 no supino com posição prona eles melhoraram. A diferença pareada da SpO2/FiO2 supina (115,6) vs prona (154,4) foi 27,7, P < 0,001 e a diferença pareada do PaO2/FiO2 supina (92,9) vs prona (131,7) foi de 38, P < 0,001. Independentemente da complacência pulmonar, diferenças nos índices em posição supina versus prona foram mantidas diferentes estatisticamente significantes. A mortalidade na UTI foi 54,8% e hospitalar de 55,2%. Idade maior (OR= 1,03; IC95% 1,004- 1,06) e necessidade de dialise (OR= 3,18; IC95% 1,62- 6,26) foi associado a risco de morte, porém maiores valores na relação SpO2/FiO2 (OR= 0,99; IC95% 0,98-0,99) e pacientes extubados com sucesso após PRONA (OR= 0,41; IC95% 0,17- 0,98) foram fatores com impacto positivo para mortalidade hospitalar.
Conclusão
Pacientes que necessitam de prona apresentam mortalidade aumentada. Elevada idade e necessidade de dialise resultam em piores desfechos clínicos, porém aqueles como aumento na relação SpO2/FiO2 e com extubação bem sucedida após manobra de prona apresentam menor mortalidade
Área
Insuficiência Respiratória e Ventilação Mecânica
Autores
Lara Beatriz Alves de Melo, Caio Vinicius Gouvea Jaoude, João Manoel Silva Junior