Dados do Trabalho

Título

Uso de plasmaférese no tratamento da Esteatose Hepática Aguda da Gravidez (EHAG): relato de caso em uma Unidade de Terapia Intensiva Obstétrica.

Descrição do caso

Objetivo
Descrever o caso de paciente com diagnóstico de EHAG que evoluiu com insuficiência hepática aguda, sendo indicada plasmaférese como terapia de suporte com evolução favorável do quadro clínico.

Métodos
Foi revisado o prontuário de uma paciente internada em uma UTI obstétrica, que preencheu os critérios de Swansea para o diagnóstico de EHAG.

Relato de caso
E.P.S, G2P0A1, IG: 32 semanas 2 dias, admitida na UTI obstétrica no pós-operatório imediato de cesárea por quadro de Síndrome HELLP com disfunção hepática, trombocitopenia e disfunção renal. No segundo pós-operatório, evoluiu com piora do quadro com rebaixamento do nível de consciência, preenchendo critérios de Swansea para EHAG com encefalopatia hepática, hiperbilirrubinemia, distúrbios de coagulação e hipoglicemia de difícil controle. Foram instituídas medidas de suporte, discutido com equipe médica assistente e com serviço de Hematologia, sendo indicada plasmaférese como terapia adjuvante. Devido ao risco de hepatite fulminante com necessidade de transplante hepático, paciente é referenciada para UTI referência em transplante hepático e mantida a indicação de plasmaférese, totalizando no total cinco sessões. Paciente evoluiu com regressão do quadro sem necessidade de transplante hepático.

Conclusão
A plasmaférese teve um papel importante na resolução do quadro clínico dessa paciente, evitando a necessidade de transplante hepático. Mais pesquisas são necessárias para aprofundar a compreensão e otimizar o manejo dessa doença.