Dados do Trabalho
Título
Desfecho funcional dos pacientes com Hemorragia Subaracnóidea de Alto Grau atendidos num centro de referência
Objetivo
Avaliar a evolução, complicações e desfecho dos pacientes com hemorragia subaracnóide (HSA) de alto grau atendidos num centro de referência.
Métodos
estudo de coorte retrospectiva
Resultados
De 518 pacientes com HSA participantes de uma coorte num centro de referência 11/2016 e 07/2023, 159 eram HSA de alto grau (WFNS - World Federation of Neurosurgery - 4 e 5). A média de idade foi 58,5 anos (17 a 93). Deles 81 eram tabagistas e 102 apresentavam HAS. A manifestação mais comum foi a cefaléia em 82. A mediana de tempo entre o ictus e a realização da arteriografia foi de 4.9 dias (1-54 dias). Dos pacientes de alto grau, 64 tiveram tratamento cirúrgico e 18 endovascular. Deles, 140 tinham Fisher modificado 3 e 4. Realizaram arteriografia 110 pacientes e deles 12 apresentavam vasoespasmo. O vasoespasmo sonográfico ocorreu em 35 casos, o déficit neurológico da isquemia cerebral tardia em 37 e o infarto cerebral em 33 casos. Cerca de 78 tiveram hidrocefalia e colocaram DVE. O cateter invasivo de pressão intracraniana foi colocado em 60 casos. A craniectomia descompressiva ocorreu em 22 casos. A meningite ou ventriculite estiveram presentes em 71 casos. O ressangramento ocorreu em 29 casos e a morte encefálica em 53 casos. A mortalidade nesse grupo foi de 99 casos (15%). Um bom desfecho funcional ocorreu em 15 casos.
Conclusão
Pacientes com HSA de alto grau costumam ser graves, necessitar de várias intervenções, mas podem recuperar-se quando tratados.
Área
Neurointensivismo
Autores
Lucas Goulart Antunes, Letícia Petterson, Ana Clara Esteves Perotti, Valentina Steffens Bracht, Frederico Klein Gomes, Diego Zambonin, Rafael Tomaszeski, Carla Bittencourt Rynkowski