Dados do Trabalho


Título

Relação entre hipertensão prévia e desenvolvimento de IRA em pacientes com choque séptico

Objetivo

Conhecer a incidência de IRA em pacientes com choque séptico admitidos na emergência ou UTI e avaliar o potencial efeito do diagnóstico prévio de HAS na associação entre o alvo de pressão arterial média de 65 mmHg e desenvolvimento de IRA

Métodos

Coorte observacional prospectiva, realizado em hospital terciário no interior do RS. Indivíduos incluídos foram avaliados na admissão hospitalar na emergência ou na UTI. Nomeado T0 o momento em que os indivíduos iniciam o uso de vasopressor, foram coletados níveis de PAM, via cateter de artéria radial ou femoral, a cada 12 horas por, no máximo, de 72 horas. A função renal foi avaliada através da dosagem diária de creatinina sérica por 72 horas. O diagnóstico de HAS foi autorreferido.

Resultados

O estudo incluiu 90 pacientes, 54 eram hipertensos. A faixa etária mais frequente foi de 70 a 80 anos (24,4%). O foco infeccioso mais prevalente foi pulmonar (64,4%). O escore APACHE II dos hipertensos foi 20, dos não hipertensos foi 17. A média da creatinina dos hipertensos no primeiro dia foi 2,08 mg/dl e dos não hipertensos 1,34 mg/dl. A média da PAM nos hipertensos e não hipertensos foi semelhante. Ao final 59 pacientes (65%) desenvolveram IRA, desses, 36 eram hipertensos prévios (61%), contudo não houve significância estatística (p >0,9) ao relacionar IRA e HAS prévia.

Conclusão

No presente estudo não houve correlação estatisticamente significante entre diagnóstico prévio de HAS e desenvolvimento de IRA em pacientes com choque séptico que tiveram como alvo hemodinâmico uma pressão arterial média de 65 mmHg.

Área

Sepse

Autores

Matheus de Oliveira Brock, Cristiane Piva, Helena Lucas Leite, Aristoteles Schmitt da Silva Santos, Jussara Gomez, Yasmin Franco dos Santos