Dados do Trabalho

Título

Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com sepse e choque séptico internados em hospital terciário, em São Luís-MA

Objetivo

Conhecer o perfil epidemiológico e clínico de pacientes com sepse e choque séptico internados em UTI terciária de um hospital público em São Luís-MA.

Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo observacional, envolvendo 568 pacientes internados em uma UTI de um hospital público terciário em São Luís-MA, entre dezembro de 2021 e novembro de 2023. A coleta de dados foi realizada por meio da análise de prontuários, os dados foram armazenados em uma planilha do Microsoft Excel, com análise conduzida no programa R.

Resultados

Dos 83 pacientes avaliados com sepse e choque séptico, a faixa etária foi de 21 a 86 anos (56,33), do sexo masculino (55,4%), oriundos da emergência (47%) e centro cirúrgico (39,8%), admitidos na unidade por infecção/sepse (30,1%). Dentre os analisados, 36,1% tinham hipertensão e 28,92% diabetes. A vasopressina foi utilizada em 50,6% dos casos e a ventilação mecânica em 84,3%, com duração média de 6,32 dias. Além disso, o valor de lactato máximo em 1 hora teve média de 2,37mmol/L. Observado aumento significativo em relação as demais internações, SAPS-3: 70,9 (59,87; p<0,001; IC95%: -14,76, -7,30) com mortalidade esperada de 60,6% (45,27%; P <0,001; IC95%: -22,38, -8,28) e mortalidade real de 56,63% (28,87%; p<0,001; IC95%: 0,0841, 0,2296) e permanência média de 13,6 dias na UTI (9,63; p< 0,001; IC95%: -6,32, -1,62).

Conclusão

Os pacientes com sepse e choque séptico representam um grupo desafiador de manejo, sobretudo na primeira hora. Portanto, entender o seu perfil é fundamental para aperfeiçoar o atendimento. Medidas possíveis incluem melhora da perfusão e redução do lactato máximo.