Dados do Trabalho


Título

Complicações clínicas em idosos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva

Objetivo

Avaliar as complicações clínicas de idosos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Métodos

Estudo retrospectivo observacional de coorte histórica, de idosos (a partir 60 anos), com a coleta de dados epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e o desfecho. Utilizado um formulário para o registro dos dados do prontuário eletrônico do Hospital Municipal Universitário de Taubaté (HMUT). O período avaliado foi de primeiro de janeiro a 31 de dezembro de 2022, com 178 pacientes internados na UTI. Variáveis analisadas: idade, faixa etária, sexo, raça, motivo da hospitalização, tempo de permanência, desfecho, óbito, etc. Realizada análise descritiva dos dados encontrados após tabulação em planilha Excel.

Resultados

Dos 178 prontuários analisados, 118 pacientes (66,2%) com idade superior a 60 anos e média etária de 74 anos. Tempo médio de permanência hospitalar de 23 dias. As comorbidades mais presentes foram hipertensão arterial (70,6%), diabetes mellitus (45,7%), insuficiência cardíaca (33,6%) e doença renal crônica (31%). Complicações infecciosas foram observadas em 87,9%, sendo que 61,7%, com sepse. A faixa etária correspondente a 70-79 anos foi a mais frequente (36,2%), sem diferença quanto ao gênero e maior incidência de brancos (87,0%). Choque séptico, de foco pulmonar foi a complicação mais frequente (50,0%) e 62,0 % evoluíram a óbito. Ocorreram complicações cardiovasculares (32,7%) e renais (17,2%), sendo necessário hemodiálise.

Conclusão

Houve predomínio de idosos em nossa UTI, sem diferença quanto ao sexo e maior incidência em brancos. Apresentaram várias complicações clínicas, em especial choque séptico de foco pulmonar, com elevada ocorrência de óbito.

Área

Epidemiologia

Autores

Maria Eduarda Vieira Ribeiro Garcia, Maria Clara Braz Scarpa Mariano Pereira, Nathalia Rodrigues Perrenoud Branca, Gilson Fernandes Ruivo