Dados do Trabalho


Título

Mapeando a Pesquisa em Terapia Intensiva: Um Estudo sobre Publicações Originais de Terapia Intensiva entre 2018 e 2022

Objetivo

Descrever as características dos trabalhos originais publicados nas principais revistas de terapia intensiva entre 2018 e 2022, mapeando tópicos de pesquisa, desenhos de estudo, regiões dos autores e fontes de financiamento.

Métodos

Foram analisadas publicações das cinco revistas de terapia intensiva com maior fator impacto: Intensive Care Medicine, Critical Care, Critical Care Medicine, Journal of Intensive Care e Annals of Intensive Care. Foram incluídos apenas trabalhos originais, excluindo-se revisões, cartas e estudos pediátricos e pré-clínicos. Dados sobre tipo de estudo, país do autor correspondente, nível de renda, parcerias, tema, financiamento e acesso foram coletados.

Resultados

Entre 8.630 publicações, 3.713 (43,0%) eram originais, com 2.746 (74.0%) destas incluídas na análise final. Ensaios clínicos representaram apenas 11,5% dos estudos. Autores de países de alta renda contribuíram com 91,1% das publicações; 8,4% vieram de países de renda média alta , 0,5% de renda média baixa e nenhum de baixa renda . As parcerias entre países de renda média e renda alta ocorreram em 13,5% dos casos. Dos estudos avaliados, 54,3% eram multicêntricos e 65,1% estavam em acesso aberto. Financiamentos públicos ocorreram em 32,3% dos estudos; privados, 6,7%; filantrópicos, 5,2%; mistos, 21,0% e 22,0% não reportaram financiamento.

Conclusão

Há uma predominância de pesquisas conduzidas em países de alta renda, refletindo desigualdades na produção científica. As colaborações internacionais são limitadas e o financiamento público desempenha um papel importante nas pesquisas em terapia intensiva.

Área

Epidemiologia

Autores

Renato Daltro-Oliveira, Amanda Quintairos, Laura I. Oliveira Santos, Filipe Amado, Jorge Salluh, Antonio Paulo Nassar Jr