Dados do Trabalho

Título

Desmame ventilatório em pacientes traqueostomizados: um estudo observacional com variáveis de tomografia de impedância elétrica

Objetivo

Avaliar se variáveis ventilatórias monitoradas pela tomografia de impedância elétrica (TIE) diferem entre pacientes traqueostomizados com sucesso ou falha 6 horas após a retirada da ventilação mecânica invasiva (VMI) e se elas aumentam a precisão de modelos de predição de falha.

Métodos

Estudo observacional de centro único em pacientes traqueostomizados, submetidos à VMI acima de 7 dias e aptos para a retirada da VMI, os quais foram monitorados com TIE por uma hora após a retirada da VMI pela primeira vez. Neste período, foram coletadas variáveis clínicas e de EIT, como impedância pulmonar expiratória final (EELZ), variação de impedância (Delta Z), centro de ventilação, índice de heterogeneidade e distribuição da ventilação. O desfecho primário foi a falha no desmame dentro de seis horas após a retirada da VMI.

Resultados

Dos 59 indivíduos, 43 (72,88%) foram desmamados com sucesso, enquanto 16 (27,12%) falharam. De forma geral, não houve diferença significativa nas variáveis de TIE entre os dois grupos. A análise multivariada constatou que o índice de massa corporal e o balanço hídrico de 24 horas estavam independentemente ligados à falha no desmame. A inclusão de variáveis de TIE nos modelos de previsão não melhorou sua acurácia.

Conclusão

As variáveis de TIE avaliadas não se comportaram de forma diferente entre os indivíduos que foram desmamados com sucesso da VMI ou não. A adição de variáveis de TIE não melhorou a precisão dos modelos de previsão de falha.