Dados do Trabalho


Título

Condução de estudos sobre TCE no Brasil: Hora de ajustar as estratégias.

Objetivo

Verificar a necessidade de mais pesquisas sobre traumatismo cranioencefálico (TCE) no Brasil, comparando a produção científica e prevalência\mortalidade do TCE com a de câncer de pulmão e identificar os principais desafios enfrentados por pesquisadores brasileiros.

Métodos

Realizou-se uma revisão sistemática na base de dados PUBMED/Medline, utilizando termos MESH relacionados a Traumatismo craniano, Câncer de pulmão e Brasil e uma pesquisa de dados epidemiológicos a partir do banco do DATA SUS para ambas as doenças nos últimos 10 anos.

Resultados

Entre 2013 e 2023, pelo DATASUS, ocorreram 1.156.471 internações por TCE. Nesse período ocorreram 109.719 óbitos por TCE (9% da mortalidade geral), sendo que 19% ocorreu em super idosos (> 80 anos). Já por câncer de pulmão, no mesmo período, ocorreram 264.933 internações e 70.131 mortes (26% da mortalidade geral).
Apesar de sua alta incidência, a pesquisa brasileira sobre TCE é limitada, com apenas 83 estudos relevantes na última década, dos quais apenas três foram ensaios clínicos randomizados (ECRs). Em contraste, a pesquisa sobre câncer de pulmão teve 333 estudos, com um número oito vezes maior de ECRs

Conclusão

O TCE tem um impacto global, mas de repercussão local ainda desconhecida de forma integral. Pela sua prevalência, previsão de crescimento e acometimento funcional, cognitivo e emocional, faz-se muito necessário o avanço da pesquisa brasileira no tema. A partir do mapeamento da doença e conhecimento dos seus pontos críticos é possível direcionar recursos para prevenção, tratamento e reabilitação.

Área

Neurointensivismo

Autores

Juliana Caldas, Bruno Gonçalves, Carla Rynkowski, Roberta Roepke, Ricardo Turon , Nathane Felix, Cássia Righy