Dados do Trabalho
Título
Extubação em unidade de terapia intensiva: avaliação das taxas de sucesso e implicações nos desfechos clínicos.
Objetivo
Este estudo visa avaliar as taxas de sucesso e falha na extubação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e suas implicações nos desfechos clínicos dos pacientes, como óbito, alta hospitalar e transferência.
Métodos
Este estudo observacional e retrospectivo analisou 213 pacientes extubados na UTI do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla entre janeiro e junho de 2024. As informações incluíram idade dos pacientes, ocorrência de falha na extubação e desfechos clínicos, como alta hospitalar, óbito e transferência para outras unidades.
Resultados
O histograma de distribuição de idade mostrou que a maioria dos pacientes extubados estava na faixa etária de 60 a 70 anos. A taxa de falha na extubação foi de 35,9%, com 75 pacientes experimentando falha. A média de idade dos pacientes com falha foi de 61,15 anos, enquanto para aqueles sem falha foi de 54,81 anos. No entanto, o teste t não revelou significância estatística (p = 0,165), sugerindo que a idade não é um fator determinante para a falha na extubação. A análise dos desfechos mostrou que 51,8% dos pacientes receberam alta hospitalar, enquanto 38,2% evoluíram para óbito.
Conclusão
Embora a falha na extubação ocorra em uma proporção significativa dos pacientes, a idade, por si só, não parece ser um fator preditivo robusto. A alta taxa de sobrevivência pós-extubação e a predominância de desfechos positivos reforçam a importância de uma monitorização rigorosa e de intervenções adequadas durante o processo de desmame da ventilação mecânica, sublinhando a necessidade de critérios precisos para a extubação em UTIs.
Área
Insuficiência respiratória e ventilação mecânica
Autores
Rivelino Trindade de Azevedo, Daniela Maria Hermida Calixto dos Santos, Mariana Berger Alves Martins, Luiza Rodrigues Reis, Debora de Sousa Marins Vilaça Ribeiro, Igor Oliveira Neves, Francisco Charles Sousa Carvalho, Aluana Santana Carlos