Dados do Trabalho

Título

Comparação das características epidemiológicas e clínicas de admissão na UTI entre os cinco níveis de prioridade conforme a Resolução CFM N°2.156/2016

Objetivo

Comparar características epidemiológicas e clínicas de admissão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) entre os 5 níveis de prioridade, conforme a Resolução CFM N° 2.156/2016.

Métodos

Estudo transversal de dados de admissão extraídos de uma coorte de Maiores de 18 anos admitidos em UTIs de cinco hospitais de Curitiba-PR, entre 01/05/2023 e 31/04/2024. Excluídos registros incompletos, pacientes oriundos de outras UTIs, sem registro de idade ou de prioridade na admissão. A prioridade foi classificada pelo médico intensivista na admissão da UTI em 5 níveis (P1 a P5), conforme a Resolução do CFM N° 2.156/2016.

Resultados

Foram analisados 8.114 pacientes. Observa-se quanto maior o grau de prioridade, menor a média de idade (P.1:63,7±16,9; P.2:66,5±17,1; P.3:74,7±15,9; P.4:84,3±11,9; P.5:80,6±14,3, p<0,001). Há relação inversamente proporcional entre a mediana da Escala de Fragilidade Clínica (EFC) e as Prioridades (P.1:3,P.2:3,P.3:5,P.4:7,P.5:8, p<0,001). Há diferença na mediana do APACHE II entre os grupos com LST comparado aos demais (Prioridades 3/4/5 vs. 1/2, respectivamente - P1:11, P2:11, P3:18, P4:17, P5:23, p<0,001), observa-se mesma tendência no SOFA de admissão (P1:2, P2:1, P3:4, P4:4, P5:7). Ter Neoplasias relaciona-se às P.3/4/5. Internamentos Clínicos representam 61%, entretanto há maior proporção de cirúrgicos eletivos nas P.1/2 (p<0,001). Há relação entre dependência de Vasopressores e Ventilação Mecânica com as P.1/3.

Conclusão

Os grupos de maior prioridade para UTI (P.1/3) compreendem pacientes mais jovens, menor complexidade e fragilidade clínica, com maior proporção de pacientes cirúrgicos eletivos e necessidade de suporte avançado de vida. Os grupos com menor prioridade (P.2/4/5) dispõem maior complexidade, idade, fragilidade clínica e prevalência de neoplasias.