Dados do Trabalho


Título

Donor Risk Index em pós-operatório de transplante hepático: análise de coorte retrospectiva de centro único

Objetivo

Avaliar o Donor Risk Index em relação a sobrevida e complicações no pós-transplante hepático ortotópico.

Métodos

Estudo de coorte retrospectiva, baseada em análise de prontuário de pacientes em pós-operatório de transplante hepático na unidade de terapia intensiva do Hospital de Clínicas da Unicamp. Período de janeiro de 2016 a dezembro de 2018, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa. CAAE: 55549422.3.0000.5404.

Resultados

No total 180 pacientes foram avaliados, predomínio do sexo masculino (67,2%), média de idade de 55 ± 12,3 anos e raça branca (87,2%). Cirrose por vírus C associado a carcinoma hepatocelular (23,5%), vírus C (10,1%) e por álcool (10,1%) foram as principais causas de transplante. Comorbidades mais frequentes foram hipertensão arterial (27,8%) e diabetes (24,4%). MELD-Na da população 22,2 ± 10,2. Desses, 22,7% necessitaram de reintubação e 16,1% de hemodiálise. As complicações encontradas foram: vasculares (trombose de artéria hepática, trombose de veia porta e hepática) (18,2%), falência primária de enxerto (8%), rejeição celular aguda (4,3%) e fístula biliar (0,6%). A mortalidade em 30 dias foi de 32,4%. Em relação aos doadores a média do DRI foi de 1,644 ± 0,37 com tempo de isquemia fria de 490 ± 111,5 minutos. Não houve significância estatística (p=0,523) dos subgrupos em DRI ≤ 1,7 e DRI > 1,7 em relação a sobrevida global pós transplante.

Conclusão

A principal complicação clínica foi reintubação e cirúrgica foram as vasculares. A sobrevida global não teve relação com valor de Donor Risk Index.

Área

Suporte Perioperatório, Transplante e Trauma

Autores

Ruan Tadeu Alves, Felicio Chueiri Neto, Raisa do Val Roso, Antonio Luis Eiras Falcao, Antonio Francisco de Oliveira Neto