Dados do Trabalho

Título

Desafios no Manejo da Endocardite Infecciosa e Cardite Reumática com Complicações Sistêmicas: Um Relato de Caso.

Descrição do caso

Paciente: S.A.S.M., sexo feminino, 33 anos.
Origem: Natural e residente em Conceição de Macabu.
Foi diagnosticada com febre reumática aos 9 anos, resultando em acometimento valvar, sem indicação cirúrgica inicial. Foi encaminhada para o instituto nacional de cardiologia, onde foi acompanhada por alguns anos já apresentando acometimento valvar, mas sem indicação cirúrgica (segundo informações colhidas). Como falhou uma consulta, relata ter perdido a vaga de acompanhamento. Recebeu profilaxia secundária com penicilina benzatina, mas, há cerca de sete anos, o intervalo entre as doses passou de 21 para 31 dias. Em outubro de 2023, desenvolveu febre, dores no corpo e edema importante nos membros inferiores. Apesar de consultas médicas frequentes, foi diagnosticada com dengue em dezembro de 2023, e os sintomas foram manejados com prednisona e dipirona. Em janeiro de 2024, apresentou um acidente vascular cerebral isquêmico e foi internada. Suspeitou-se de endocardite devido ao envolvimento da valva mitral, complicando-se com um evento tromboembólico. Iniciou-se tratamento empírico com vancomicina e ceftriaxona, porém, as hemoculturas permaneceram negativas. Com febre persistente e disfunção renal, a antibioticoterapia foi ajustada, incluindo a introdução de daptomicina. A paciente foi submetida à esplenectomia em 5 de março de 2024, devido a êmbolos sépticos que causaram abscessos no baço. Diagnósticos incluem endocardite infecciosa na valva mitral, com êmbolos sépticos para o baço, rins, fígado e cérebro, cardite reumática sobreposta e trombose da veia mesentérica superior. Devido à gravidade da lesão mitral, foi realizada a troca valvar mitral por técnica vídeo assistida.