Dados do Trabalho

Título

Preditores de morbi-mortalidade em pacientes neurocríticos internados em UTI

Objetivo

Identificar fatores prognóstico para morbi-mortalidade em pacientes que internaram em UTI por diagnósticos neurológicos em UTI.

Métodos

Coorte retrospectiva de 10.884 pacientes adultos, internados por motivos neurológicos, admitidos em UTIs de Curitiba-PR entre janeiro/2017 e dezembro/2022. Idade, do sexo, do diagnóstico neurológico primário, uso de droga vasopressora e de ventilação mecânica invasiva na admissão, bem como da presença de creatinina ≥1,5mg/dL e do pior valor na ECG nas primeira 24 horas de UTI foram avaliados como preditores de mortalidade e desfecho desfavorável nos sobreviventes por meio de regressão logística.

Resultados

A taxa de mortalidade geral foi de 11,6%. Na análise univariável, mostraram-se preditores de mortalidade e desfecho desfavorável: idade, uso DVA e VM na admissão, creatinina ≥1,5mg/Dl, pior valor na ECG nas primeira 24 horas de UTI, assim como os diagnóstico de AVCi, AVCh, HSA, TCE ou encefalopatia, quando comparado ao pós-operatório eletivo. Quando ajustado umas pelas outras, uma maior idade (HR1,01 [1,01-1,01] p<0,001), uso de vasopressores (HR2,10 [1,84-2,39] p<0,001), creatinina ≥1,5mg/Dl (HR1,67 [1,47-1,89] p<0,001) e diagnóstico de AVCi, AVCh e HSA mantiveram-se como preditores de mortalidade. Quanto a preditores de desfecho desfavorável (modificada 4 ou 5), mostraram-se como fatores relevantes o uso de vasopressor na admissão (HR1,40 [1,27-1,55] p<0,001), creatinina acima de 1,5mg/dL (HR1,31 [1,18-1,45] p<0,001) e diagnóstico de AVCi, AVCh e HSA.

Conclusão

Dentre os pacientes neurológicos internados em UTI, aqueles admitidos em uso de vasopressores, com creatinina elevada (≥1,5mg/Dl) e por diagnóstico de AVCi, AVCh e HSA apresentam maior chance de mortalidade e desfechos desfavoráveis.