Dados do Trabalho
Título
A prevalência da fragilidade na alta da unidade de terapia intensiva de doentes críticos: uma coorte prospectiva
Objetivo
Avaliar a prevalência da fragilidade em doentes críticos aferida pela Escala Clínica de Fragilidade (ECF) na alta da unidade de terapia intensiva (UTI).
Métodos
Coorte prospectiva realizada em 5 unidades de terapia intensiva, entre 05/02/2024 e 18/07/2024. Foram incluídos pacientes ≥18 anos, com previsão de permanência em UTI ≥48 horas. A ECF foi aplicada no momento imediatamente antes da admissão e na alta da UTI. A pontuação na escala da admissão foi comparada com a pontuação na alta da UTI por meio do teste não paramétrico de Wilcoxon.
Resultados
Foram avaliados 454 pacientes, e incluídos 103 com idade média de 64,5 ± 14,2 anos, sendo 64,3% homens e 68,4% de internamentos clínicos. No momento de admissão na UTI 34% dos pacientes encontram-se na categoria 4 da escala clínica de fragilidade (vulnerável) e 23% na categoria 3 (regular). Quando realizado a aplicação da mesma escala na alta da UTI com os sobreviventes (96 pacientes), observa-se um aumento de pacientes na categoria 5 (23%) e 7 (9%), demonstrando que o período de internamento na UTI levou a uma piora da fragilidade clínica. Quando avaliado somente entre os sobreviventes (n=96) a média e mediana (1º-3º quartil) respectivamente da EFC na admissão foram de 3,29±1,45; 3 (2-4) e na alta da UTI 3,56±1,5; 3 (3-4), sendo essa diferença estatisticamente significativa (p=0,048).
Conclusão
Pacientes críticos apresentam piora na escala clínica de fragilidade na alta da UTI, quando comparado a admissão na unidade.
Área
Epidemiologia
Autores
Amanda Christina Kozesinski-Nakatani, Beatriz Lottermann Konzen, Kamila Janiscki, Maria Nesryn Tiba, Taher Tiba, Rafaella Stradiotto Bernardelli, Álvaro Réa-Neto, Auristela Duarte de Lima Moser