Dados do Trabalho


Título

Novo escore QUICK-LEPTO emergindo também como preditor de gravidade para formas oligúricas de leptospirose

Objetivo

Comparar casos de leptospirose (LPT) oligúrica (O) e não-oligúrica (NO) com novo escore clínico QUICK-LEPTO (validado para prognóstico de LPT que incluí idade, letargia, taquipneia, pressão arterial e hematócrito), bem como associação de ambos os grupos com biomarcadores de lesão endotelial/renal.

Métodos

Estudo multicêntrico e prospectivo comparando LPT oligúrica (O) com não-oligúrica (NO).

Resultados

Dos 44 pacientes, 81,8% eram homens, idade média de 40,8 anos. Apesar de tendência de mortalidade mais alta (18% vs 6%; p=-0,3) e maior creatinina na admissão (3,9mg/dL vs 2,1mg/dL; p=0,2) no grupo O, não houve diferença estatística. A hemoptise foi mais prevalente no grupo (O) (27% vs 3%; p=0,043). O QUICK-LEPTO foi pior no grupo O (mediana do escore 3 vs 2; p=0,03), enquanto o qSOFA, surpreendentemente, não mostrou diferença significativa. Os biomarcadores estudados não diferiram significativamente entre os grupos, exceto o syndecam no grupo O (774 ±424 vs 419 ±380ng/mL, p=0,037). O NGAL foi maior entre os pacientes com piores escores no QUICK-LEPTO (2 a 6) no grupo O (472 ±21 vs 370 ±93; p=0,03).

Conclusão

O presente estudo demonstrou que os pacientes com LPT oligúrica apresentaram piores desfechos no escore QUICK-LEPTO, apesar de não haver diferenças entre os grupos no qSOFA, além de maiores valores de NGAL em piores escores do QUICK-LEPTO e maior Syndecam em LPT oligúrica. Concluímos que o QUICK-LEPTO pode ser uma excelente ferramenta avaliando formas oligúricas de LTP, e que formas oligúricas de LPT apresentam maior correlação de biomarcador endotelial syndecam.

Área

Índices Prognósticos

Autores

Melina de Paiva Bezerra Vidal, Themes Susana Andrade de Alencar, Raoni de Oliveira Domingues da Silva, Cauê Feitosa Mariano, Vanessa Alaíde Andrade do Vale, Gabriela Studart Galdino, Renan Gomes Mendes Diniz, Elizabeth De Francesco Daher