Dados do Trabalho


Título

Relato de Caso: Emergências oncológicas: O que esperar na UTI?

Descrição do caso

Introdução: Os linfomas não-Hodgkin são neoplasias malignas clonais originadas em linfócitos B ou T/NK, podendo ocorrer em linfonodos ou em sítios extranodais. Os linfomas primários do mediastino frequentemente são diagnosticados em estágios avançados e podem alcançar grandes dimensões dentro da cavidade mediastinal, resultando em complicações locais significativas, como Síndrome da Veia Cava Superior, derrame pericárdico e derrame pleural.
Caso: Apresenta-se o caso de uma paciente do sexo feminino, 26 anos, admitida na UTI com Insuficiência Respiratória Aguda, taquipneia, edema facial e de membros superiores, pletora facial e dor precordial. O ecocardiograma à beira do leito revelou derrame pericárdico com sinais de restrição ao enchimento ventricular, enquanto a ultrassonografia torácica indicou um derrame pleural volumoso. Foi realizada punção pericárdica e drenagem do derrame. No mesmo dia, a tomografia de tórax com contraste revelou compressão da veia cava superior, tromboembolismo pulmonar no lobo inferior esquerdo e trombose venosa profunda em subclávia esquerda, jugular interna esquerda e axilar esquerda. O derrame pleural foi drenado no segundo dia de internação e iniciou-se o tratamento com esquema R-CHOP (Rituximabe, Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona) por 6 ciclos, após diagnóstico de Linfoma Não-Hodgkin primário de mediastino. A paciente apresentou melhora clínica, teve alta da UTI e do hospital.
Conclusão: Devido à natureza agressiva da doença e seu elevado potencial de complicações, é crucial que o intensivista esteja capacitado para reconhecer e manejar emergências oncológicas, assegurando que o paciente receba o tratamento apropriado.

Área

Hemostasia, Trombose e Transfusão

Autores

Izabela Sinara silva aLVES, Carlos Alberto Cordeiro de Abreu Filho, Luiz Daldior Junior, Joao manoel Silva Jr