Dados do Trabalho
Título
Perfil epidemiológico de óbitos por abscesso pulmonar e mediastinal no Brasil: análise regional (2018-2022)
Objetivo
Analisar a distribuição e prevalência dos óbitos por abscesso pulmonar e mediastinal nas regiões do Brasil entre 2018 e 2022.
Métodos
Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo baseado em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS (SIM-SUS). Foram analisados os óbitos decorrentes de abscessos pulmonares e mediastinais nas cinco regiões do Brasil ao longo do período de 2018 a 2022, com foco em variáveis como região, sexo e raça/cor.
Resultados
Durante o período analisado, foram registrados 1.475 óbitos por abscesso pulmonar e mediastinal no Brasil. A região Sudeste apresentou a maior taxa de mortalidade, contabilizando 796 óbitos (53,97%), com 197 desses ocorrendo em 2022. Em contraste, a região Centro-Oeste registrou a menor taxa, com 81 óbitos (5,49%), sendo a maioria em 2022 (24,69%). O sexo masculino predominou em todas as regiões, totalizando 962 óbitos (65,22%), enquanto o sexo feminino registrou 513 óbitos (34,78%). Em termos de raça/cor, a maioria dos óbitos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ocorreu entre pardos (551 óbitos), enquanto nas regiões Sudeste e Sul, a maior parte dos óbitos foi registrada entre a população branca (751 óbitos).
Conclusão
Apesar de os abscessos pulmonar e mediastinal serem potencialmente tratáveis, complicações graves, como formação de fístulas, sepse e óbito ainda ocorrem com frequência significativa. Esses dados enfatizam a necessidade de diagnóstico precoce e intervenção terapêutica adequada para reduzir a mortalidade associada a essas condições, especialmente nas regiões mais afetadas. O estudo também destaca disparidades regionais e a importância de estratégias de saúde pública direcionadas.
Área
Epidemiologia
Autores
Yhasmin Abrantes Nunes, Liara Carolina Archanjo Rocha, Júlia Marques Paes Santos, Camila dos Santos Furtado, Manuela Kafuri de Toledo Silva, Gustavo Couto Silveira